A magia poética da alegria e do amor, em Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa


Abstract


O que se propõe analisar neste trabalho é a busca constante da transmutação do modo de ver o mundo, que faz da obra de Rosa uma grande paideia, que incita o jogo do devir, o jogo de atravessar, o jogo das metamorfoses contínuas e comuns de toda forma de vida. O narrador rosiano põe o leitor em constantes rupturas da lógica, dos limites, dos pragmatismos humanos, a fim de descontruir a automatização dos homens e do mundo, gestando o aprendizado de uma nova leitura do mundo, que destrói os determinismos e lógicas da subordinação, decretando o fim da lógica do senhor e do escravo. Essa nova visão mito-poética faz o homem comum religar-se ao mundo, não como superior, mas como parte integrante que deve aprender o movimento dialético da vida: o nascer e morrer constantes, o transformar-se para perpetuar-se, o ir e vir contínuos e perpétuos. Assim, neste trabalho, o que se objetiva estudar é a representação das personagens rosianas em busca de sua construção como indivíduos, especialmente no que tange à sua compreensão do amor e da alegria, o que se pode verificar em contos da obra Primeiras estórias, e que em última análise pode ser visto como uma nova proposta de construção interior para o homem brasileiro, diante de sua realidade.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p2297

Keywords: Guimarães Rosa; Primeiras estórias; Amor; Alegria; Aprendizagem

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