Que língua é essa que, em solo brasileiro, se institucionaliza nos instrumentos linguísticos?


Abstract


As relações entre língua, história e memória nos tocam de modo muito especial, enquanto brasileiros que têm como língua nacional e oficial a língua portuguesa, sobretudo quando nos propomos a refletir sobre o processo de colonização/descolonização linguística (Mariani, 2004; Orlandi, 2009). A língua nomeada portuguesa é, no Brasil, posta como língua da mãe, língua da escola, língua que é unidade, mas também como língua da diversidade, tanto interna ao solo brasileiro quanto em relação a Portugal. É nos espaços de contradição que essa língua se constitui e se institui, espaço este no qual nos interessa instalar uma discussão mais específica sobre a língua que trabalha o efeito de unidade e de diversidade. Com este trabalho, consideramos uma reflexão já por nós engendrada (Petri & Medeiros, 2013) sobre as partições na língua. As partições não desintegram a língua, ao contrário, trabalham a unidade nacional, delimitando o que seriam suas especificidades, entre outras, sociais e regionais. Nossa proposta é fazer um recorte que explicite dois espaços de produção linguística que promovem, ao mesmo tempo, a manutenção da língua (com seu efeito de totalidade) e a partição da língua (introduzindo o diferente no interior do mesmo) a fim de dar continuidade a uma reflexão sobre memória na língua.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p551

Keywords: língua; regional; nacional; História das Ideias Linguísticas

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