Graus de motivação e toponímia maranhense


Abstract


Os estudos sobre a motivação são bastante remotos. Mais recentemente, há a noção proposta por Saussure (1916) que assegura que não existe língua em que nada seja imotivado, assim como não existe língua em que tudo seja motivado. A motivação, para Guiraud (1986), é um dos caracteres fundamentais da palavra, e está dividida em duas classificações: interna, quando tem a fonte dentro do sistema linguístico, como a motivação morfológica banana > bananeira; e externa, quando tem como fonte uma relação entre a coisa significada e a forma linguística: fazenda Brejo da Onça. Segundo Biderman (1998), nomear é utilizar palavras para designar os referentes extralinguísticos, atividade essa resultante de um processo de categorização específico do homem. Neves (2004) afirma que há relação entre as categorias linguísticas e as categorias cognitivas, do que decorre uma relação indicial, icônica ou simbólica mediando esses sistemas. Na análise do trabalho de Castro (2012), Solís Fonseca (2012) afirma que ali aparece claramente uma noção de gradação da motivação. Com base nesses pressupostos, este trabalho visa discutir sobre graus de motivação na nomeação dos lugares maranhenses; propomos um princípio de regularidade bastante motivado com graus de motivação para os topônimos, em que essa motivação tem a ver com relações de semelhança, contiguidade e relações simbólicas. A metodologia parte da análise semântica de topônimos maranhenses e tenta perceber essa gradação. Os resultados demonstram que os topônimos representam prototipicamente diferentes esses graus de motivação e que sua grande variedade de classes reflete a complexidade conceptual desse conjunto de nomes próprios.

DOI Code: 10.1285/i9788883051272p391

Keywords: Graus de Motivação; Escolha; Toponímia Maranhense

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